Uelgasaliant

Na língua dos Lusitanos, nós damo-lhes as boas-vindas ao nosso sítio na internet, à página da Associação pela Cultura Étnica Lusitana "Trebopala".

O nome "Trebopala" significa em língua Lusitana moderna ou novo Lusitano (Leukantu, que significa a "língua perfeita" ou a "fala da luz") "Protectora da Comunidade", e é também o nome de uma divindade nacional Lusitana. A nossa língua nativa também se pode denominar de Lusitânico ou língua Lusitânica (Leukaeke), e ela é uma língua étnica reconstruída e não um idioma artificial.

Esta página irá essencialmente promover a história e a riqueza da cultura Lusitana ainda viva na Lusitânia, hoje sob domínio português, em todas as terras, regiões, cantões, aldeias, comunidades e povoações onde existam pessoas étnica e culturalmente Lusitanas. Algumas dessas pessoas falam a renascida e moderna língua Lusitânica, muito semelhante e em si derivada da antiga língua do povo Lusitano. No moderno e erudito idioma Lusitano aqui escrito (Leukanturi, é o termo que utilizamos para a língua erudita e escrita) o nome da nossa nação, a Lusitânia escreve-se Leukitanea, que significa na nossa língua nativa recontruída o "país" ou a "Terra da luz" que engloba só a região das Beiras, enquanto para descrever no plural as Terras Lusas (que engloba o berço - a Beira) dos Lusitanos entre outras terras irmãs como parte do norte alentejano e ribatejano, por exemplo) nós utilizamos o termo Luirokitanea, que quer dizer "Terra do homem livre" em Lusitânico a língua do povo nativo Lusitano (Leukuire, que significa na nossa língua "gente" ou "povo da luz") da Lusitânia, hoje integrada, não reconhecida oficialmente e sob domínio de Portugal.

Que fique claro que na verdade, e ao contrário da tão apregoada e oficial falácia portuguesa, os portugueses não são Lusitanos ou descendentes destes. Uma mentira que será desmascarada nas nossas páginas, porque os "historiadores" oficiais portugueses e do regime, escreveram e deturparam parte da história de Portugal e da Lusitânia de acordo com a vontade da sua elite minoritária portuguesa. Na verdade os Lusitanos são um povo diferente e com uma identidade nacional própria e vivem hoje praticamente lado a lado com e entre os portugueses, e entre outros povos nativos deste país. Hoje em dia, e tal como à mais de dois mil anos, e ao contrário das falsidades portuguesas, os Lusitanos têm graças à sua posição geográfica uma das árvores genealógicas mais puras dos povos europeus actuais, principalmente as povoações serranas da zona da Serra da Estrela (a Montanha Sagrada) onde a maioria do povo lusitano conserva em muitos casos, a sua pureza racial em cerca de cem por cento. As diferentes migrações, invasões e revoluções porque passou a Lusitânia não alteraram em nada o carácter, a cultura e mesmo a raíz racial das suas populações nativas. Os lusitanos puros que ainda hoje vivem no coração geográfico e cultural da Lusitânia (na Serra da Estrela) são hoje com a sua matriz racial os mesmos do que eram os seus antepassados directos à dois ou três mil anos atrás. Nem mesmo a extinção da antiga língua Lusitânica (ou das suas diferentes línguas e dialectos nativos) hoje reconstruída, originalmente pré-Indo-germânica porque de matriz ibérico-mediterrânica e ligur, mas que no seu último estágio evolutivo antes da invasão e conquista romana (estes são os primeiros antepassados dos portugueses) já tinha influência céltica, poderá negar ao longo dos séculos e milénios a existência sem interrupção do povo nativo lusitano nas suas Terras Lusas. Nem mesmo a ocupação portuguesa da Lusitânia e a usurpação da identidade lusitana pelos portugueses mestiços e de origem aristocrática estrangeira, podem pôr em causa e contradizer os factos comprovativos e a vontade do nosso povo nativo em lutar pelo seu renascimento sócio-político e linguístico-cultural, como nação diferente da portuguesa. Apesar do povo nativo Lusitano ser originário da região interior Beirã (a Lusitânia), e estar maioritariamente concentrado nela, o litoral da região Beirã já é povoada por lusitanos mestiços, e Coimbra por exemplo, chega mesmo a ser a primeira, embora única até agora, cidade da Lusitânia onde a sua população é maioritariamente mestiça portuguesa, hoje em dia a maior parte dele (ou dos seus descendentes directos) vive espalhado um pouco por todas as outras regiões de Portugal e nas terras e países estrangeiros da emigração, acabando assim por serem assimilados nestas terras estranhas e por se perderem para sempre milhares de gerações de lusitanos. Este facto, incentivado por todos os governos portugueses ultra-centralistas e anti-regionalistas tem levado cada vez mais a uma desertificação humana nas Terras Lusas, e não só nas outras regiões de Portugal. A chegada de gentes recentes do norte da Europa e de outros países ricos, assim como a compra e o saque das nossas terras para empreendimentos hotelairos e turísticos que só vão benefeciar uma minoria de portugueses e de estrangeiros ricos, comprovam isso mesmo. Os lusitanos são cada vez menos na sua Lusitânia. Por isso urge o tempo de se reconhecer oficialmente a nossa Nação Lusitana e de se dar autonomia político-administrativa a uma região autónoma da Lusitânia aqui no nosso solar da Beira. Só nós Lusitanos somos o povo nativo destas terras da Lusitânia, vivemos aqui à milénios, e o Lusitano de à dois mil e quinhentos anos atrás é exactamente o mesmo Lusitano puro (étnica e culturalmente falando, mas também racial embora nós por aqui não gostemos de utilizar muito este termo em termos político-sociais devido aos estigmas e a pretensas conotações racistas que este termo possa provocar na sociedade portuguesa, tão decadente, atrofiada, mediocrizada e acorbadada, que o simples facto de se dizer uma verdade é tabú nacional) que vive hoje no interior das montanhas da Beira. Nós lusitanos nativos, que somos a obrigados a ser cidadãos portugueses, mas que não somos étnicos portugueses, já cá estávamos milhares de anos antes aqui nas nossas terras antes de os primeiros portugueses e dois seus antepassados directos terem cá chegado. Pelo contrário, os portugueses (que pretendem usurpar a nossa identidade étnico-nacional e a nossa herança cultural ancestral) são um povo crioulizado ou mestiço de raça branca que apareceu depois de um processo de mestiçagem após a conquista romana da Lusitânia e das invasões de outros povos posteriores como os germânicos (visigodos e suevos) e semitas (árabes e judeus), e por fim de franco-borgúndios e de outras gentes aristocráticas e mercenários do centro-norte da Europa até à formação do Condado Portucalense (onde se inventou Portugal). Contudo não se esqueça de que 30% das elites portuguesas (e não do total da população de Portugal), principalmente ao nível dos ramos locais das elites portuguesas, a ascendência será judaica. Os portugueses "puros" de hoje (as classes média-alta, as elites socio-culturais e político-económicas, capitalismo financeiro, juizes e magistrados, chefias militares e clero) e descendentes directos desses estrangeiros que invadiram e conquistaram a Lusitânia no passado, são apenas cerca de 5% (menos de quinhentos mil) do total da população do território que é hoje Portugal (dez milhões), enquanto que os mestiços portugueses ou os "apadrinhados" (são essencialmente políticos, gestores e funcionários públicos, intelectuais do regime, imprensa e membros do aparelho judicial corrupto e policial repressivo) no fundo são portugueses mestiços (que embora possam ter alguma gota de sangue nativo, que se saiba as elites fazem filhos bastardos em qualquer parte do mundo) que renegam suas raízes nativas (que poderão ser lusas, calaicas ou cónias) e que adotaram a cultura urbana neo-latina portuguesa, estes serão provavelmente um pouco mais, talvez quase seis por cento (cerca de 550 mil), mas a base étnica ou a grande maioria da população que vive em "Portugal" é constituída por povos nativos (cujos antepassados são muito anteriores portanto à chegada ou à "formação" dos portugueses), como são os Caláicos, os Túrdulos (mestiços lusitanos), os Célticos (no Alentejo), os Cónios (hoje quase completamente assimilados) e especialmente os Lusitanos puros. Pena é que os povos nativos (e seus descendentes) de Portugal ainda não tenham tomado consciência da sua verdadeira identidade étnico-nacional, confundindo-a erradamente com a sua cidadania portuguesa. Na verdade séculos de mentira, de propaganda e de opressão portuguesa tinham de deixar as suas marcas. Portugal foi de facto um país inventado artificialmente por uma seita proto-cristã liderada por estrangeiros (embora inicialmente em conflito com a Igreja de Roma) que teria o apoio desta e de parte da elite aristocrática calaica, no saque das suas riquezas e terras nativas, sob o pretexto de se combaterem os "infiéis", muçulmanos e mouros. Portugal teve inclusive na sua primeira bandeira não um símbolo nativo, mas sim uma cruz, e foi o primeiro país do mundo a ter também uma cruz como símbolo "nacional". Apesar disso, e apesar da longa hibernação do povo nativo lusitano, iniciada logo após a conquista e "extinção" da Lusitânia ou das terras a sul do Douro e a norte do Tejo, pelos portugueses, não podemos esqueçer que os portugueses (ou a sua elite cultural e intelectual franco-latina) começaram de facto a usurpação da nossa identidade lusitana no final do século XVIII e no início do século XIX, enquanto que os espanhóis só o fizeram já no final da primeira metade do século XX. A população autóctone ou nativa de Portugal é quase 90% da população total do país, entre mestiços e puros, entre lusitanos, calaicos e conios. Os portugueses são apenas cerca de dez por cento (cinco por cento para o seu núcleo elitista e financeiro-empresarial, mais cinco/seis por cento para os mestiços portugueses apadrinhados que trabalham maioritariamente na função pública e na gestão do aparelho colonial do Estado português). Mais uma vez, e resumindo, os povos nativos oprimidos de Portugal constituem cerca de 90% da população deste país! Contudo, nós Lusitanos (étnica e culturalmente falando, repetimos mais uma vez) ainda estamos vivos na nossa Lusitânia! Estamos presentes nas nossas terras lusas desde sempre, desde a noite dos tempos, com muitas das nossas tradições milenárias ainda vivas, apesar de termos perdidos a religião e língua antigas, hoje em fase de renascimento.

Muitas aldeias, freguesias, lugares e povoações montanhosas da Beira interior há que ainda têm uma população racialmente Lusitana 100% pura! Claro que nas pequenas cidades do interior e vilas sede de concelho da Beira interior a população nativa Lusitana pura já é menor (entre 50% e 80% depende dos concelhos). Aqui as populações são lusitanos mestiços (mas não portugueses mestiços) na sua maioria descendentes directos de Lusitanos puros, assimiladores de outros povos nativos e quase sem gota de sangue português, mas existe uma crescente percentagem de mestiços lusitanos, enquanto que nas cidades beirãs capital de distrito a população já é maioritáriamente mestiça lusa ou apadrinhada portuguesa, aqui os Lusitanos puros são já minoria (entre 50% e 20% do total). Portanto, só os Beirões (termo mais do agrado dos portugueses, porque só identifica um povo regional mas não um povo nativo) que embora tenham ou sejam obrigados a ter a cidadania portuguesa, são ou podem ser considerados Lusitanos nativos. Mas não esqueçamos que hoje também existem muitos descendentes de Lusitanos (emigrantes) noutras regiões de Portugal e em países e territórios estrangeiros. Hoje em dia, o território étnico Lusitano ou o berço da Lusitânia são os três distritos da Beira interior. Politica e culturalmente, o território geográfico da Lusitânia abrange já toda a região Centro de Portugal (incluindo a Beira litoral, parte norte do Ribatejo e alguns concelhos do norte do Alentejo). Históricamente, o território cultural da grande Lusitânia (a antiga Confederação da União Lusitana, ou dos povos Lusitanos) abrange também todo o território da Calécia a norte do rio Douro (excepto o Porto), onde os povos Calaicos são considerados também genéricamente e porque nativos de Lusitanos (pelo menos sempre foram seus aliados), devido às semelhanças linguísticas, religiosas, culturais e sociais com os povos Lusitanos da Beira interior. Só politicamente a Calécia é (considerada por vezes, alguns historiadores da antiguidade diziam que a Confederação da Lusitânia chegou em certas épocas até ao Mar Cantábrico) uma entidade independente. E muitas terras existem ainda hoje na Calécia (principalmente no norte da província do Minho e Trás-os-Montes) onde a população nativa é também étnicamente pura Calaica (ou Lusitana, se falarmos em termos mais abrangentes). É verdade que a Lusitânia étnica e pura (na Beira interior, com o maciço da Serra da Estrela) é a coluna vertebral de Portugal, uma autonomia regional faz tremer as elites portuguesas mestiças, minoritárias e opressoras do nosso povo, enquanto uma eventual independência da Lusitânia, arrastaria outras regiões do país e levaria à destruição de Portugal tal como o conhecemos hoje. O que diga-se desde já, iria repor a verdade à realidade étnico-cultural do país, hoje acorrentado e atrofiado por uma elite de origem estrangeira. Mas terão de ser os povos nativos a decidirem e a actuarem, um punhado de esclarecidos não fazem a diferença mesmo que tenham do seu lado a razão e a verdade, na luta contra uma elite poderosa e rica como o é a elite mestiça portuguesa de origem estrangeira e elitista. E tudo isto acontece naturalmente pelo facto de Portugal ser um país artificial, liderado por medíocres e descendentes de senhores feudais estrangeiros, Portugal ainda hoje é o único Estado medieval e feudalista da Europa, um país que não democratizou nem regionalizou o seu território europeu, que não respeita a realidade étnico-cultural das suas regiões históricas e dos seus povos nativos, inventado à cerca de 900 anos por uma minoria étnica mestiça de origem estrangeira (latino-gótica e franco-judaica) como todos sabemos, e poucos assumem. Os portugueses, e principalmente as suas elites mestiças de origem estrangeira e os seus caciques locais, nunca poderão falar em nome dos povos nativos deste país, porque não têm legitimidade para fazerem tal coisa. Não admira pois, que os portugueses não queiram reconhecer o povo nativo lusitano, e que estejam contra uma autonomia regional para a região da Lusitânia. A falácia e as mentiras portuguesas não podem durar sempre. Um dia virá em que todo o povo nativo lusitano se mobilizará a uma só voz pela sua autodeterminação, autonomia e reconhecimento oficial. Só os lusitanos nativos e puros podem falar em nome dos lusitanos e da Lusitânia. Nós Lusitanos já cá estavamos na nossa terra antes dos portugueses aparecerem.

Esclareçamos desde já que, o ser Beirão ou ter nascido nas Beiras por exemplo, por si só não significa que a pessoa seja Lusitana nativa ou étnico Lusitano. Só os filhos do povo, das classes mais baixas e humildes, como os camponeses, pastores, operários, artesãos, pequenos comerciantes, trabalhadores assalariados por conta de outrém, conservam e têm direito à sua autêntica etnicidade nativa Lusitana. Os grandes agrários, terratenienses, empresários, funcionários do estado e elites sócio-culturais locais (filhos de estrangeiros conquistadores e usurpadores das nossas terras) não são Lusitanos, mesmo tendo nascidos na nossa terra. Por exemplo um Salazar ou outro qualquer filho duma elite local tuga, que embora tenham nascido (em berço de ouro) na nossa terra nunca poderão ser considerados de Lusitanos, eles e suas famílias são e serão sempre étnicos portugueses (colaboracionistas ou apadrinhados, mesmo que tenham alguma gota de sangue bastardo) porque descendentes das elites estrangeiras que chegaram à Lusitânia após a sua conquista pelos romanos e principalmente após a invenção do Reino Portucalense ou de Portugal por mercenários, aristocráticos e senhores feudais que se instalarem definitivamente nas nossas terras após a conquista da Lusitânia pelas tropas (cavalaria e infantaria) portuguesas lideradas também por estrangeiros, no século XII. Dificilmente podem estes portugueses, alguma vez serem até considerados portugueses também, quanto mais considerados de "lusitanos" como alguns o dizem. Eles só trouxeram atraso, medo, atrofiamento, repressão, miséria, emigração contínua e opressão durante séculos e principalmente nas últimas décadas à Lusitânia, ao povo nativo Lusitano e aos outros povos nativos de Portugal, todos em nome dos seus interesses privados e dos interesses maiores de países e potências estrangeiras. Ainda hoje, as elites socio-financeiras e a sua elitista classe política medíocre fecham escolas, hospitais, centros de saúde, maternidades e obriga os nossos filhos a irem nascer a Espanha. Alguns destes portugueses, são tão europeístas, iberistas e espanholistas (mesmo aqueles que não são membros duma facção espanhola das elites portuguesas) que até se esquecem de serem portuguêses ou dos interesses nacionais de Portugal! Que fique bem esclarecido que, infelizmente os Lusitanos não têm elite para os liderar. A Aristocracia Lusitana não existe hoje, não fosse esse triste facto e a Lusitânia seria um país independente na cena politica internacional. A aristocracia (e as elites sociais lusitanas) foi quase toda ela totalmente exterminada em combate lutando pela liberdade da nossa terra contra os invasores romanos, os poucos sobreviventes da elite lusitana acabariam por serem completamente aniquilados mais tarde pelos constantes massacres perpretados pelos bárbaros suevos e godos (que viviam da guerra e do saque permanente) nas suas incursões contra as comunidades e povoações nativas. É por isso que infelizmente, o moderno nacionalismo Lusitano, só agora emergente ou desperto da sua longa hibernação com a tomada de consciencialização da identidade nacional Lusitana é ainda infelizmente quase inexistência e sem implantação, a nossa tarefa em prol do renascimento da Lusitânia nativa vai demorar ainda algum tempo, porque perdendo-se a cabeça de um corpo, ou melhor perdendo-se a sua classe dirigente ou a sua nobreza, dificilmente esse povo sobrevive como nação ou região, ou até mesmo será quase impossível preservar a sua identidade étnico-cultural, e não foi por acaso que estes portugueses mestiços, elitistas e de origem estrangeira usurpuraram a nossa identidade étnica-nativa lusitana. Eles (as elites portuguesas) preferem ver a nossa Lusitânia morta ou acorrentada, do que tê-la viva e livre. Porque só assim continuarão com a sua impunidade e o saque das nossas riquezas e terras. Mas na vida não há impossíveis, e este facto apenas torna a nossa luta mais difícil e não menos digna ou impossível. Estando hoje em dia, o moderno nacionalismo Lusitano, ainda muito incipiente e quase ignorado ou mesmo esquecido (séculos de colonização sócio-cultural deixam sempre as suas marcas e não desaparecem de um dia para o outro), devido à quase inexistência de uma estrutura tradicional e organizativa da resistência, urge-nos a missão de despertar o nosso povo para a sua realidade, para a sua própria libertação, porque o povo Luso ainda não tomou plena consciência da sua verdadeira identidade étnico-cultural, salvo um punhado de nacionalistas que contra-corrente e contra as cobardes elites tugas teimam em não deixar morrer a nação Lusitana, lutam pelo seu renascimento e que pretendem recuperar (ou conquistar) a liberdade e a dignidade do nosso povo nativo lusitano. Temos muito para fazer, temos uma tarefa muito árdua pela frente, só assim podemos despertar a consciência e o sentimento de liberdade do nosso povo nativo. Mesmo a "nova" (mas tão velha, decadente, corrupta e medíocre quanto Roma) classe dirigente portuguesa e seus fantoches locais que existe na Lusitânia é quase toda ela portuguesa, ou descendentes de outros povos (principalmente invasores franco-germânicos) que não o Lusitano. Eles poderão ter nascido na Beira, e poderão ser beirões, mas nunca serem lusitanos nativos e étnicos. E, a muitos desses "beirões" que ocupam o poder local, que são proprietários de vastas terras, que são membros de influentes e "respeitáveis" famílias locais, ou que chegaram a altos cargos de governação em Portugal, pergunta-se mais uma vez: fizeram eles alguma coisa pela autonomia regional da Lusitânia ou pela liberdade e o reconhecimento do nosso povo nativo? Nada, fizeram nada. Absolutamente nada! Na maioria das aldeias e povoações do interior beirão, as que ainda vão resistinto à total desertificação humana e social, o povo Lusitano vive em condições de extrema pobreza sem qualquer tipo de saneamento básico. E aos portugueses ou às "grandes" e "boas"famílias locais que nos oprimem e governam, essa situação não lhes preocupa, porque estão mais interessados no enriquecimento das suas famílias ou clãs familiares. Quanto aos Lusitanos que viviam na actual província espanhola de Cáceres, à muito que foram completamente assimilados ou exterminados por povos invasores, principalmente os vindos do norte de Espanha para repovoarem as terras quase desertas e abandonadas devidos aos constantes combates e guerras pela posse dos territórios entre cristãos e muçulmanos, mais exactamente depois da reconquista cristã aos árabes e muçulmanos, contudo alguns descendentes de Lusitanos ainda existem na zona raiana, no Vale de Xálima, São Felizes dos Galegos, Olivença e pouco mais. Todavia, nunca deixaremos de reivindicar como nosso alguns territórios das regiões espanholas fronteiriças, pois, cultural e históricamente sempre pertenceram no passado à Lusitânia livre. Tudo faremos para acabar com estes dois mil anos de opressão colonial, primeiro romana e visigótica, depois árabe muçulmana, franco-germânica e agora espanhola e portuguesa.

Em Portugal, o não reconhecimento oficial da existência da nação Lusitana e das outras comunidades nativas (como a Calaica por exemplo) por parte dos governos centrais e ultra-centralistas a mando de uma elite minoritária como o é a portuguesa, assim como a não criação de uma região autónoma ou de um solar para o povo Lusitano que desde a noite dos tempos habita nas suas terras de sempre, na Lusitânia (que incorpora pelo menos todas as províncias das Beiras), tem contornos de um verdadeiro e silencioso genocídio étnico-cultural, se a tudo isto ainda acrescentarmos a usurpação da herança histórico-espiritual e da identidade nacional Lusitana por parte das elites mestiças e neo-latinas portuguesas (que de Lusitanos não têm nada, repita-se) que nos últimos séculos têm promovido o abandono das nossas terras e a desertificação (emigração) humana ou pelo menos a mestiçagem da população nativa Lusa com outros povos. Em Portugal regista-se mesmo um caso único no mundo ou pelo menos na Europa, o de um povo, o Português, que além de ter a sua própria identidade cultural neo-latina, pretender apropriar-se da identidade nacional de um outro povo vivente, neste caso, o nosso próprio povo nativo Lusitano. Aliás, será dever de todos nós, membros da nossa comunidade livre lusitana, consciencializar os lusitanos nativos, sensabilizar os cidadãos portugueses honestos e responsáveis, alertar a opinião pública, a comunidade internacional e todo o mundo livre, democrático e civilizado para esta grave situação que se regista em Portugal, de os povos nativos do país e principalmente no nosso caso particular, do povo nativo lusitanos, estarem privados da liberdade e de reconhecimento oficial. Lutaremos até ao dia em que sejam reconhecidas oficialmente a nossa identidade étnico-cultural Lusitana, a nossa língua reconstruída, assim como criada oficialmente uma Região Autónoma da Lusitânia no nosso solar da Beira, no centro de Portugal.

Quanto a nós, ACEL "Trebopala", como associação cultural lusitana e lusitanista, quer na sua vertenete cultural, quer na sua vertente político-social, iremos mostrar a realidade de aspectos só da cultura nativa Lusitana e não da cultura neo-latina mestiça portuguesa de origem estrangeira. Daremos destaque à identidade cultural, à língua, às aspirações sociais, às práticas espirituais, aos rituais cerimoniais, à arte popular, às danças folclóricas, à música e aos desportos tradicionais, a partir de um ponto de vista histórico e ao mesmo tempo contemporâneo e lusitano.

Apesar do mito da "extinção" dos Lusitanos, aliás, continuamente apregoada pelos crioulos neo-latinos e mestiços portugueses elitistas e de origem estrangeira, e infelizmente por alguns lusitanos não conscientes da sua verdadeira identidade étnica, nós Lusitanos, os descendentes do povo Lusitano, temos procurado gerir a nossa sobrevivência e lidar da melhor forma possível sem ferir a sensibilidade da maioria dos portugueses que se recusam a reconhecer a nossa identidade étnico-nacional, ao longo dos séculos e especialmente nestes últimos anos. Mas a verdade tem de ser dita, e difundida. Quer os nossos inimigos e os inimigos da liberdade do povo nativo Lusitano, gostem ou não. Fizémos tudo isto e muito mais, contra a maré e todas as expectativas, ultrapassando os problemas com que nos deparamos. E estamos só no início. Embora a maioria de nós Lusitanos tenha influências mistas e assimiladoras de outros outros povos ibéricos, indo-europeus e semito-hamitas, como os fenícios, bérberes, licianos, túrdulos e célticos de épocas pré-romanas, os Lusitanos puros de sangue luso são cerca de 500 mil na Beira interior. Muitos de nós ainda retém a sabedoria e o conhecimento da nossa identidade nativa como um legado familiar transmitido oralmente ao longo dos séculos, enquanto outros se esforçam por reclamar a sua verdadeira identidade, e outros ainda, muitos infelizmente, não estão cientes da sua herança étnico-cultural Lusitana. Uma herança que abraça mais do que simples nomes de lugares, de pessoas ou um vocabulário derivado, mas que é também, uma forma de vida que tem um significado muito especial para nós Lusitanos, tanto na actualidade como desde sempre; o direito de vivermos em liberdade, e o sermos livres de escolher o nosso próprio destino. Ainda há rosas bravas e pastores nas Terras Lusas...

Este é um trabalho plural, embora esteja ainda no seu início, que é como a própria vida... constantemente em mudança, crescendo, desenvolvendo-se, evoluindo, amadurecendo, decaindo, perecendo, e regressando quando necessário, para começar tudo outra vez.