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Actual distribuição da população nativa Lusitana em Portugal

1- Percentagem da população indígena Luso-Calaica.



Nota: Para nós ACEL-Trebopala, o termo étnico Lusitano, engloba não só os Lusitanos própriamente dito, como também poderá englobar outros povos e nações aliadas destes como os Calaicos e os Túrdulos, entre outros povos nativos. Alguns Lusitanos preferem colocar de fora os Cónios, que embora sejam indígenas, são étnico-culturalmente diferentes dos Lusitanos. Contudo esta opinião não é unânime entre os membros da nossa comunidade. E claro, de fora estão também os imigrantes estrangeiros e as elites neo-latinas portuguesas descendentes de colonos, mercenários e invasores germano-latinos, ou godo-romanos, essencialmente.

2 - Distribuição por grupos étnicos maioritários.


Nota: a) Aqui neste quadro os Lusitanos são apenas os Lusos e Turdúlos étnicamente puros da Beira interior e seus descendentes directos.
b) Calaicos são os descendentes dos povos Ligures, Celtas e Germânicos pré-romanos a norte do rio Douro.
c) Cónios são os descendentes dos Cónios propriamente ditos, mais os dos Túrdulos e de outros povos Ibéricos.
d) Portugueses étnicamente mestiços e culturalmente neo-latinos são os descendentes dos romanos e das tribos franco-germanas vassalas destes.
e) Semitas são os descendentes dos povos fenícios, mouros, árabes e bérberes islamizados, assim como judeus..
f) Germanos são os descendentes dos povos bárbaro-germânicos que embora aliados substituiram mais tarde estes na administração do território ocupado.
g) Mistos designa a população de um determinado território ou região, demasiado crioulizada ou cujo grupo étnico não tem uma maioria significativa nessa mesma área, resumidamente se pode definir essas populações na maioria dos casos como sendo descendentes de Lusitanos e Túrdulos no centro e de Cónios e Semitas no sul.

 

Os Lusitanos são considerados na nossa comunidade como um povo celtibero. Um povo racialmente ou de matriz racial ibérica (pertencente a uma antiga raça mediterrânica do sul da Europa e do norte de África, hoje quase extinta, registe-se que os antigos povos iberos, aquitanos e ligures pertenciam a este grupo racial), mas culturalmente de influência Indo-europeia, principalmente celta (na última fase) e liciana (na unificadora inicial). Os outros povos nativos do país são diferentes embora sejam nativos e semelhantes, os Calaicos a norte do douro são quase exclusivamente celtas, com algum sangue germânico pré-bárbaro e (inicialmente) ligúrico, e os cónios também racialmente ibéricos têm forte influência racial semita ou fenícia, a céltica é apenas cultural. Muitas vezes englobamos todos os povos nativos de Portugal sob o mesmo termo Lusitano (de fora ficam naturalmente os elitistas e mestiços portugueses que são de origem estrangeira e que portanto não têm sangue nativo), outras vezes, já temos de fazer uma distinção entre todos os povos nativos de Portugal, separando-os segundo as suas diferentes culturas, história, regiões e origens étnico-raciais, como sejam os lusitanos propriamente ditos, os calaicos, os cónios, os túrdulos e os célticos. Portanto devemos também destinguir que uma coisa são povos nativos e outra coisa são povos regionais de Portugal. Atenção, quando nos referimos a lusitanos mestiços (lusitanos que se misturaram com povos de outras origens do país), não nos estamos a referir aos mestiços portugueses (elitistas e de origem estrangeira, que mesmo os que vivem na Lusitânia, não têm sangue lusitano). Normalmente podemos classificar os diferentes povos de Portugal em duas divisões distintas da população, os povos nativos e os povos regionais (ou provínciais). Uma segue padrões étnico-raciais (anteriores à fundação de Portugal) e a outra segue padrões sócio-culturais e político-regionais (já relacionados com a história mais recente de Portugal). Por exemplo, nem todos os algarvios são racialmente ou descendentes de cónios, se o que classifica um povo regional é um conjunto de pessoas que nasceu e vive numa determinada região oficial (por acaso tal ainda não existe no território europeu de Portugal), então os portugueses e os estrangeiros que vivam ou nasceram no Algarve, são considerados algarvios, mas não são de origem nativa cónia. O mesmo é válido para os beirões, porque nem todos os beirões são lusitanos ou descendentes de lusitanos, alguns são portugueses (pertencem às suas elites locais) outros poderão ser imigrantes de origem estrangeira mais recente (chineses, indianos, árabes, caboverdianos, brasileiros, romenos, etc) que residam ou nasceram na região (não oficial) das Beiras, mas lusitanos étnicos eles não podem ser. A actual distribuição da população nativa Lusitana (aqui incluimos mestiços lusitanos e lusitanos puros) em Portugal é a seguinte, a nível distrital; Nos três distritos da Beira Interior, Guarda (com uma população lusitana de 92%), Viseu (mais de 90% de lusitanos) e Castelo Branco (a mais baixa com cerca de 80% de lusitanos, entre mestiços e puros), a população é racialmente Ibérica pura com influência cultural Indo-Europeia (principalmente Celta) em mais de de 90%. Na região a norte do Douro (Minho e Trás-os-Montes), entre os Calaicos, a população de origem Calaica pura (só em termos genéricos se denomina esta população de Lusitana) é cerca de 80%, mas com uma influência étnica Celta e Ligur muito acentuada. Na região (norte) Alentejana e também (norte) Ribatejana, a população de origem Lusitana (mestiça) é cerca de 70% mas com uma forte influência Semita, Fenícia e Céltica no sul. Na região da Beira litoral a população de origem Túrdula pura (ou mestiça Lusitana) é cerca de 60% mas com uma influência cultural de origem Oestrimnía e Celta acentuada. Na região Algarvia (e sul do distrito de Beja no Alentejo) a população de origem Lusa é muito reduzida, cerca de 10%, nesta região predomina a população de origem Cónia (são cerca de 30% da população algarvia e vivem no interior da serra algarvia e sul do distrito de Beja) e Fenícia, mas o litoral algarvio já não tem população nativa pura nem mestiça cónia, na maioria são mestiços portugueses ou de outra origem estrangeira. Na área da grande Lisboa (e norte do distrito de Setúbal) a população de origem Lusa (pura) é menos de 10%, nesta região predominam hoje os mistos Lusitanos (com outros povos nativos, sem se saber qual o elemento racial predominante, neste caso será uma escolha pesoal a determinar) e portugueses (estes últimos são as elites portuguesas de origem estrangeira sem origem étnica Lusitana nem sangue lusitano), ou são mestiços de origem Arabe-Fenícia ou então descendentes de origem latino-romana. No grande Porto a população de origem Lusitanaa é mesmo inferior a 1%, enquanto os Calaicos puros são menos de 5% (na maioria emigrantes que vieram do Minho), contudo existem cerca de 60% de Calaicos mestiços. Aqui onde nasceu Portugal e morreu a velha Lusitânia, predomina a população mestiça Calaica e a neo-latina portuguesa pura de origem latino-germânica. Os principais traços físicos que caracterizam a população de origem Lusitana pura ou ibérica são a baixa estatura, atarracados nalgumas zonas, o cabelo escuro e a pele escura mediterrânea nas Beiras. Na Calécia é um pouco diferente, especialmente de algumas zonas do norte onde existem individuais com olhos e cabelos claros de origem Céltica. A genética parece comprovar ainda hoje o suposto isolamento das populações de origem Lusa. O nosso ADN não tem nada em comum com os outros europeus, excepto com o de alguns espanhóis (povos Calaicos e Vetões), só os Berberes do norte de África e os habitantes duma zona no sul da Anatólia (de origem Hitito-Liciana) têm algo em comum com os Lusitanos. Crê-se que os últimos descendentes directos do homem de Neanderthal e do Cromagnon do Paleolítico (e seus sucessores Mesolíticos) estiveram à mais 15.000 anos atrás na origem remota do povo Lusitano (antigos Iberos racialmente mediterrâneos ou Berberes modernos), que só depois da chegada dos Neolíticos, populações Escitas ou Indo-Europeias, se misturaram e perderam a sua língua original. Note-se contudo, que o termo Lusitano embora seja um termo étnico de origem indígena, ele não designa um só povo, mas sim um conjunto de povos e tribos que partilham a mesma cultura, religião e língua, o termo foi usado também anterior e posteriormente para designar o conjunto de comunidades e nações aliadas que combatiam um inimigo comum e invasor das Terras Lusitanas. Presentemente, para a ACEL-Trebopala, o termo "Lusitano" é mais abrangente, ele designa não só os habitantes nativos originais da Lusitânia (ou Beira interior "portuguesa"), como também toda a população indígena das nações aliadas dos Lusitanos cujos descendentes ainda hoje habitam maioritariamente no interior das diversas regiões de Portugal, com excepção como é óbvio, dos imigrantes estrangeiros nacionalizados, e dos neo-latinos portugueses. Em relação aos Cónios, embora sendo indígenas ibéricos e mesmo anteriores à própria comunidade Lusitana, no passado os Cónios chegaram a povoar todo o país (hoje só habitam o interior do território algarvio e o sudeste alentejano), a sua realidade cultural e territorial é e sempre foi totalmente diferente da Lusitana, por isso não existe unânimidade dentro da nossa comunidade em incluir o povo nativo Cónio dentro do termo genérico "Lusitano". Contudo, é importante salientar que a Lusitânia no seu melhor período da Antiguidade (e antes da invasão romana, portanto) abrangia uma extensão territorial que ía do Cantábrio ao Mediterrâneo, chegando mesmo nalgumas épocas a estender-se até ao rio Ebro.

 

 

 

Abaixo damos uma outra estimativa da origem étnica dos cidadãos portugueses ou dos povos nativos de Portugal feita por nós e relativa ao ano 2007. Ela não é exacta, por que nunca houve um recenseamento geral para tal no nosso país, mas é a mais precisa que conseguimos até agora. A percentagem corresponde aos 10.000.000 de habitantes de Portugal, excluímos o meio milhão de estrangeiros que não têm a cidadania portuguesa mas incluímos os que já a têm:

 

 
 

Quadro 3:

Calaicos (1)
Túrdulos
(2)
Lusitanos mestiços
(3)
Misto de povos nativos
(4)
Célticos
(5)
Portugueses mestiços (6)
Lusitanos puros
(7)
Portugueses neolatinos
(8)
Árabe-Berbero-Fenícios
(9)
Portugueses estrangeiros
(10)
Saloios
(11)
Cónios
(12)



30%
20%
10%
8 %
7%
5,5%
5%
4,5%
4 %
3%
2%
1%
 


1) Calaicos puros e mestiços (espalhados um pouco por todo o Portugal, vivem maioritariamente a norte do Douro).
2) Túrdulos puros e mestiços (vivem fundamentalmente na Beira litoral).
3) Lusitanos mestiços (mestiçados com outros povos nativos que não o português, vivem nas grandes cidades de Portugal).
4) Misto de povos nativos indeterminados (vivem nos grandes centros urbanos do país, genéricamente podem-se denominar de mestiços Lusitanos e sem qualquer sangue português, embora seja difícil determinar qual a sua etnia nativa básica ou a assumida).
5) Célticos mestiços (vivem maioritariamente no norte e centro do Alentejo, parte do Ribatejo e na província da Estremadura).
6) Portugueses mestiços (vivem essencialmente nas grandes cidades do Porto, Lisboa, Coimbra, litoral Algarvio, capitais de distrito e alguns municípios, estes são os mestiços de Tugas com Lusos e outros povos nativos, são os chamados apadrinhados pela nossa comunidade e trabalham na administração do Estado, assumem-se como Tugas e renegam a parte nativa das suas raízes).
7) Lusitanos puros (vivem essencialmente nos três distritos da Beira interior, excepto nas suas capitais, a mesma população de há dois mil anos, nunca foram assimilados nem assimiladores, serão cerca de meio milhão).
8) Portugueses neo-latinos "puros" (estes são os descendentes directos dos povos invasores como os romanos, godo-germânicos, árabes, judeus, etc., e representam as elites ou as classes alto-médias mais favorecidas portuguesas, embora ultimamente tenham adquerido pelo casamento sangue de outros povos do norte europeu, não têm qualquer tipo de sangue nativo, serão quase meio milhão). E note-se de que a designção "latina" foi culturalmente adoptada pela elite da própria etnia portuguesa, apesar deste povo ter também origem gótica e judaica..
9) Misto Árabe-Berbere-Fenícios (uma mistura de povos Hamito-Semitas com nativos, vivem essencialmente no litoral sul e fronteiriço do país, no norte a mais importante comunidade de origem semita existe no distrito de Viseu).
10) Portugueses naturalizados (trata-se de cidadãos imigrantes estrangeiros mais recentes e filhos destes que desfrutam de todos os direitos e têm a cidadania portuguesa, adquerida no último século XX).
11) Saloios (descendentes puros dos primeiros povos Hititas e Indo-europeus a chegarem ao nosso território, são principalmente Licianos e Estrimníos, vivem fundamentalmente no interior da zona saloia Oeste a norte de Lisboa e sul do distrito de Leiria, número difícil de determinar nos nossos cálculos serão mais de duzentos mil, mas uma estimativa mais optimista aponta para quase meio milhão se incluirmos os mestiços saloios com outros nativos).
12) Cónios mestiços (são os últimos descendentes directos dos antigos Cónios, vivem essencialmente no barrocal norte Algarvio e no sul do distrito de Beja, serão cerca de 150 mil e não deverão ultrapassar os duzentos mil segundo uma estimativa mais optimista).

* NOTA: 1) Recorde-se que toda a população nativa de Portugal pode ser definida genericamente de Lusitana, de fora ficam apenas os neolatinos portugueses.
2) Do total dos cerca de 5 milhões de emigrantes "portugueses" e seus descendentes directos que vivem e trabalham no estrangeiro, poderemos dizer que: 2 milhões são Calaicos, 1 milhão e meio são Lusitanos, 1 milhão serão mestiços nativos não definidos ou perdidos das suas raízes, 500 mil serão Alentejanos e Algarvios, e que só apenas 50 mil serão portugueses (estes últimos serão administrativos, gestores, empresários, cientistas e funcionários consulares na sua maioria).