Uelgasaliant
Na língua dos Lusitanos, nós damo-lhes as
boas-vindas ao nosso sítio na internet, à página
da Associação pela Cultura Étnica Lusitana
"Trebopala".
O nome "Trebopala" significa em língua Lusitana
(Leukantu, que significa a "língua perfeita"
ou a "fala da luz") ou em moderno Lusitânico
(Leukaeke) como também podemos dizer, "Protectora
da Comunidade", e é também o nome de uma divindade
nacional Lusitana.
Esta página irá essencialmente
promover a história e a riqueza da cultura Lusitana ainda
viva no nosso país, em todas as terras, regiões,
aldeias, comunidades e povoações onde existam pessoas
étnica e culturalmente Lusitanas. Algumas dessas pessoas
falam a renascida e moderna língua Lusitânica, muito
semelhante e em si derivada da antiga língua do povo Lusitano.
No moderno e erudito idioma Lusitano aqui escrito (Leukanturi,
é o termo que utilizamos para a língua erudita e
escrita) o nome da nossa nação, a Lusitânia
escreve-se Leukitanea, que significa na nossa língua
nativa recontruída o "país" ou a "Terra
da luz" que engloba só a região das Beiras,
enquanto para descrever no plural as Terras Lusas (que engloba
o berço - a Beira) dos Lusitanos e a Calécia
entre outras terras irmãs como parte do norte alentejano
e ribatejano, por exemplo) nós utilizamos o termo Luirokitanea,
que quer dizer "Terra do homem livre" em Lusitânico
a língua do povo nativo Lusitano (Leukuire, que
significa na nossa língua "gente" ou "povo
da luz") de Portugal.
Que fique claro que na verdade, e ao contrário da tão
apregoada e oficial falácia portuguesa, os portugueses
não são Lusitanos ou descendentes destes. Uma mentira
que será desmascarada nas nossas páginas, porque
os "historiadores" oficiais portugueses, escreveram
a história de Portugal e da Lusitânia de acordo com
a vontade da sua elite minoritária portuguesa. Na verdade
os Lusitanos são um povo diferente e com uma identidade
nacional própria e vivem hoje praticamente lado a lado
com e entre os portugueses. Apesar do povo nativo Lusitano ser
originário da região interior Beirã (a Lusitânia),
hoje em dia a maior parte dele (ou dos seus descendentes directos)
vive espalhado um pouco por todo o Portugal e nas terras de emigração.
Só nós Lusitanos somos o povo nativo destas terras
da Lusitânia, vivemos aqui à milénios, e o
Lusitano de à dois mil e quinhentos anos atrás é
exactamente o mesmo Lusitano puro (étnica e culturalmente
falando, mas não racial porque não gostamos de utilizar
este termo em termos sociais) que vive hoje no interior das montanhas
da Beira. Pelo contrário, os portugueses (que pretendem
usurpar a nossa identidade nacional e a nossa herança espiritual)
são um povo crioulizado ou mestiço de raça
branca que apareceu depois de um processo de mestiçagem
após a conquista romana da Lusitânia e das invasões
de outros povos posteriores como os germânicos e árabes
até à formação do Condado Portucalense
(onde se inventou Portugal). Os portugueses "puros"
(as classes média-alta, as elites socio-culturais e político-económicas,
capitalismo financeiro, juizes) são apenas cerca de 5%
(menos de quinhentos mil) do total da população
do território que é hoje Portugal, enquanto que
os mestiços portugueses ou os "apadrinhados"
(são essencialmente políticos, gestores, funcionários
públicos, intelectuais do regime, imprensa, clero e membros
do aparelho judicial corrupto e policial repressivo) no fundo
são portugueses que renegam suas raízes nativas
ou lusas, e serão provavelmente um pouco mais, talvez quase
seis por cento (cerca de 550 mil), mas a base étnica ou
a grande maioria da população que vive em "Portugal"
é constituída por povos nativos (cujos antepassados
são muito anteriores portanto à chegada ou à
"formação" dos portugueses), como são
os Caláicos, os Túrdulos, os Célticos, os
Cónios e especialmente os Lusitanos. Pena é que
os povos nativos (e seus descendentes) de Portugal ainda não
tenham tomado consciência da sua verdadeira identidade étnico-nacional,
confundindo-a erradamente com a sua cidadania portuguesa. Na verdade
séculos de mentira e de opressão portuguesa tinham
de deixar as suas marcas. A população autóctone
ou nativa de Portugal é quase 90% da população
total do país. Os portugueses são apenas dez por
cento (cinco por cento para o seu núcleo elitista e empresarial,
mais cinco/seis por cento para os mestiços portugueses
apadrinhados que trabalham maioritariamente na função
pública e na gestão do aparelho colonial do Estado
português). Mais uma vez, e resumindo, os povos nativos
oprimidos de Portugal constituem cerca de 90% da população
deste país! Quanto muito, também poderá registar-se
o facto de haver alguns cidadãos portugueses de etnia Lusa
que renegam as suas raízes autóctones Lusitanas,
nomeadamente os Beirões (Lusitanos e mestiços descendentes
de Lusitanos) que traindo suas raízes, por razões
pessoais e profissionais também, prestam vassalagem ao
Governo e ao Estado português, negando-se a reconhecer a
identidade nacional Lusitana. Contudo, nós Lusitanos (étnica
e culturalmente falando, repetimos mais uma vez) ainda estamos
vivos na nossa Lusitânia! Estamos presentes nas nossas terras
lusas desde sempre, desde a noite dos tempos, com muitas das nossas
tradições milenárias ainda vivas, apesar
de termos perdidos a religião e língua antigas,
hoje em fase de renascimento.
Muitas aldeias, lugares e povoações
montanhosas da Beira interior há que ainda têm uma
população racialmente Lusitana 100% pura! Claro
que nas vilas sede de concelho da Beira interior as populações
são na sua maioria apenas descendentes directos de ou mestiços
lusitanos, enquanto que nas cidades beirãs capital de distrito
a população já é maioritáriamente
mestiça lusa ou apadrinhada portuguesa, aqui os Lusitanos
puros são já minoria. Portanto, só os Beirões
que embora tenham ou sejam obrigados a ter a cidadania portuguesa,
são ou podem ser considerados Lusitanos. Mas não
esqueçamos que hoje também existem muitos descendentes
de Lusitanos (emigrantes) noutras regiões de Portugal e
territórios estrangeiros. Hoje em dia, o território
étnico Lusitano ou o berço da Lusitânia são
os três distritos da Beira interior. Politicamente, o território
geográfico da Lusitânia abrange já toda a
região Centro de Portugal (incluindo a Beira litoral, parte
de Santarém e talvez alguns concelhos do norte de Portalegre).
Históricamente, o território cultural da grande
Lusitânia (a antiga Confederação da União
Lusitana, ou dos povos Lusitanos) abrange também todo o
território da Calécia a norte do rio Douro (excepto
o Porto), onde os povos Calaicos são considerados também
de Lusitanos (pelo menos sempre foram seus aliados), devido às
semelhanças linguísticas, religiosas, culturais
e políticas com os povos Lusitanos da Beira interior. E
muitas terras existem ainda hoje na Calécia (principalmente
no norte da província do Minho e Trás-os-Montes)
onde a população nativa é também étnicamente
pura Calaica (ou Lusitana, se falarmos em termos mais abrangentes).
Esclareçamos desde já que,
o ser Beirão ou ter nascido nas Beiras por exemplo, por
si só não significa que a pessoa seja Lusitana.
Só os filhos do povo, das classes mais baixas e humildes,
conservam e têm direito à sua autêntica etnicidade
nativa Lusitana. Os grandes agrários, terratenienses, empresários,
funcionários do estado e elites sócio-culturais
locais (filhos de estrangeiros conquistadores e usurpadores das
nossas terras) não são Lusitanos, mesmo tendo nascidos
na nossa terra. Por exemplo um Salazar ou um Sócrates,
que embora tenham nascido (em berços de ouro) na nossa
terra nunca poderão ser considerados de Lusitanos, eles
e suas famílias são sim colaboracionistas ou apadrinhados
ou descendentes das elites estrangeiras que chegaram à
Lusitânia após a sua conquista. E mais se pergunta,
fizeram eles, ou outros "beirões" como eles que
põem as suas ambições pessoais acima dos
interesses do seu próprio povo alguma coisa pela Lusitânia?
Criaram oficialmente a sua região? Fizeram alguma coisa
pelo estabelecimento de uma Assembleia regional? Legalizaram partidos
regionais que defendam a liberdade do nosso povo? Investiram na
reconstrução da nossa língua antiga? Combateram
o atraso social e a desertificação humana da nossa
terra? Impediram que os estrangeiros cada vez mais comprem as
nossas terras? Fizeram eles alguma coisa? Absolutamente nada!
Bem pelo contrário. E dificilmente podem eles ser considerados
portugueses também, um deles, fascista, só trouxe
repressão, miséria, emigração contínua
e oprimiu durante décadas o povo Lusitano e os outros povos
de Portugal, o outro vendido a interesses privados e a potências
estrangeiras fecha escolas, hospitáis, centros de saúde,
maternidades e obriga os nossos filhos a irem nascer a Espanha.
Este último grande europeísta e líder duma
facção espanhola (o PS) das elites portuguesas nem
sequer português o é! Que fique bem esclarecido que,
infelizmente os Lusitanos não têm elite para os liderar.
A Aristocracia Lusitana não existe, foi quase toda ela
totalmente exterminada ou aniquilada em combate lutando pela liberdade
da nossa terra contra os invasores romanos e mercenários
germânicos aliados de Roma. É por isso que infelizmente,
o nacionalismo Lusitano hoje emergente ou a tomada de consciencialização
da identidade nacional Lusitana é quase inexistência,
porque perdendo-se a cabeça de um corpo, ou melhor perdendo-se
a sua classe dirigente ou a sua nobreza, dificilmente esse povo
sobrevive como nação ou região. Mas na vida
não há impossíveis, e este facto apenas torna
a nossa luta mais difícil e não menos digna ou impossível.
Estando hoje em dia, o moderno nacionalismo Lusitano, ainda muito
incipiente e quase ignorado ou mesmo esquecido (séculos
de colonização sócio-cultural deixam sempre
as suas marcas e não desaparecem de um dia para o outro),
devido à quase inexistência de uma estrutura tradicional
e organizativa da resistência, urge-nos a missão
de despertar o nosso povo para a sua realidade, para a sua própria
libertação, porque o povo Luso ainda não
tomou plena consciência da sua verdadeira identidade étnico-cultural,
salvo um punhado de nacionalistas que teimam em não deixar
morrer a nação Lusitana, e que pretendem recuperar
(ou conquistar) a antiga dignidade do nosso povo, temos uma tarefa
muito árdua pela frente. Mesmo a "nova" (mas
tão velha, decadente, corrupta e medíocre quanto
Roma) classe dirigente e seus fantoches locais que existe na Lusitânia
é quase toda ela portuguesa, ou descendentes de outros
povos (principalmente invasores germânicos) que não
o Lusitano. E, a muitos desses "beirões" que
ocupam o poder local, que são proprietários de vastas
terras, que são membros de influentes e "respeitáveis"
famílias locais, ou que chegaram a altos cargos de governação
em Portugal, pergunta-se mais uma vez: fizeram eles alguma coisa
pela autonomia regional da Lusitânia ou pelo nosso povo?
Absolutamente nada! Na maioria das aldeias e povoações
do interior beirão, as que ainda vão resistinto
à total desertificação humana e social, o
povo Lusitano vive em condições de extrema pobreza
sem qualquer tipo de saneamento básico. E aos portugueses
ou às "grandes" famílias locais que nos
governam essa situação não lhes preocupa.
Quanto aos Lusitanos que viviam na actual província espanhola
de Cáceres, à muito que foram completamente assimilados
ou exterminados por povos invasores, contudo alguns descendentes
de Lusitanos ainda existem na zona raiana, no Vale de Xálima
e pouco mais. Todavia, nunca deixaremos de reivindicar como nosso
alguns territórios das regiões espanholas fronteiriças,
pois, cultural e históricamente sempre pertenceram no passado
à Lusitânia livre. Tudo faremos para acabar com estes
dois mil anos de opressão colonial, primeiro romana e visigótica,
depois árabe, e agora espanhola e portuguesa.
Quanto a nós, ACEL "Trebopala",
iremos mostrar aspectos só da cultura nativa Lusitana e
não da cultura neo-latina portuguesa. Daremos destaque
à identidade cultural, à língua, às
aspirações sociais, às práticas espirituais,
aos rituais cerimoniais, à arte popular, às danças
folclóricas, à música e aos desportos tradicionais,
a partir de um ponto de vista histórico e ao mesmo tempo
contemporâneo.
Apesar do mito da "extinção"
dos Lusitanos, aliás, continuamente apregoada pelos crioulos
neo-latinos portugueses e infelizmente pelos Lusitanos não
conscientes da sua verdadeira identidade étnica, nós
Lusitanos, os descendentes do povo Lusitano, temos procurado gerir
a nossa sobrevivência e lidar da melhor forma possível
sem ferir a sensibilidade dos portugueses que se recusam a reconhecer
a nossa identidade étnico-nacional, ao longo dos séculos
e especialmente nestes últimos anos. Mas a verdade tem
de ser dita, e difundida. Fizémos tudo isto e muito mais,
contra a maré e todas as expectativas, ultrapassando os
problemas com que nos deparamos. E estamos só no início.
Embora a maioria de nós Lusitanos tenha origens mistas
ou de mestiçagens com outros povos ibéricos como
os fenícios, túrdulos e célticos de épocas
pré-romanas, os Lusitanos puros de sangue luso são
cerca de cem mil enquanto os descendentes directos Lusitanos são
apenas meio milhão (contra um milhão de Lusitanos
racialmente mestiços, e mais uns cinco milhões de
portugueses culturalmente de origem ou com algum sangue Lusitano
que perderam as suas raizes, enquanto os Calaicos puros serão
cerca de dois milhões), e vivemos na maioria na região
"portuguesa" da Beira interior. Muitos de nós
ainda retém a sabedoria e o conhecimento da nossa identidade
nativa como um legado familiar transmitido oralmente ao longo
dos séculos, enquanto outros se esforçam por reclamar
a sua verdadeira identidade, e outros ainda, muitos infelizmente,
não estão cientes da sua herança étnico-cultural
Lusitana. Uma herança que abraça mais do que simples
nomes de lugares, de pessoas ou um vocabulário derivado,
mas que é também, uma forma de vida que tem um significado
muito especial para nós Lusitanos, tanto na actualidade
como desde sempre; o direito de vivermos em liberdade, e o sermos
livres de escolher. Ainda há rosas bravas e pastores nas
Terras Lusas...
Este é um trabalho plural, embora
esteja ainda no seu início, que é como a própria
vida... constantemente em mudança, crescendo, desenvolvendo-se,
evoluindo, amadurecendo, decaindo, perecendo, e regressando quando
necessário, para começar tudo outra vez.
Bem-vindo
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